Alguns dias após, no meio da festa de pentencostes, 120 discipulos estavam reunidos em Jerusalém, e a promessa de Jesus se cumpriu! Todos foram cheios do Espírito Santo, começaram a viver a nova realidade anunciada por Jesus, saíram alegremente, por todo canto, pregando a boa notícia de que Deus visitou seu povo e trouxe salvação, justyiça e liberdade.
A história seguiu e os cristãos foram se multiplicando, organizando igrejas, criando instituições, formas e ritos. Porém, as instituições cresceram e as estruturas se tornaram mais complexas e sofisticadas. Transformaram-se num fim em si mesmas. A simplicidade do evangelho foi substituída pela complexidade institucional.
Uma das grandes reqalizações do malígno no último século foi foi retirar da consciência dos homens qualquer preocupação sobre o assunto, e isso aconteceu quando ele transformou a "gula do excesso na gula da delicadeza". O Problema muitas vezes, não está no ecesso de comida, mas na sofisicação, na exgência de detalhes em relação ao vinho, ao ponto do filé ou ao cozimento da massa. Fica impossível atender a um paladar tão sofisticado. A simplicidade do ato de comer á lugar a sofisticação gastronômica. Pessoas assim, demitem cozinheiras, destratam garçons, abandonam restaurantes, cultivam relacionamentos falsos e terminam a vida numa solidão amarga.
Como igreja, corremos o mesmo risco. A simplicidade e a pureza do evangelho já não provocam prazer na maioria dos cristãos ocidentais. A sofisticação da igreja, sim. É o vaso tornando-se mais valioso que o tesouro contido nele. Se amúsica não estiver no volume perfeito, o ar condicionado no ponto exato, a pregação no tempo apropriado, com conteúdos que agrade a todos os paladares e com o bom uso dos aparelhos tecnológicos, talvez eu não me agrade desta igreja.
Justificamos a sofisticação com expressões como "busca por excelência", "relevância", "qualidade". Parece justo. O problema é que a excelência ou a relevância do evangelho está justamente na sua simplicidade. É cada vez mais fácil encontrar cristãos que acharam a "igreja certa" do que os que simplismente encontraram o evangelho. A sofisticação da igreja mantém o cristão num estado de espiritualidade falsa e superficial. A maior deficiência do cristianismo não está na forma, mas no conteúdo.
A verdadeira experiência espiritual requer um coração aquecido e não sentidos aguçados. Precisamos elevar nossos afetos por Cristo, seu reino, Sua palavra e seu povo, e não os níveis de sofisticação e exigências institucionais. O vaso deve ser de barro, sempre. O tesouro ele guarda, o evangelho simples de Jesus Cristo, é que tem grande valor. A sofisticação produz queixas, impaciência, falta de caridade e egoísmo. A simplicidade sempre nos conduz a compaixão, sinceridade, devoção e autodoação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
TERMOS E CONDIÇÕES PARA PUBLICAÇÃO DE COMENTÁRIOS:
Não serão publicados comentários que:
1. Sejam obscenos ou de linguagem erótica e grosseira
2. Violem direitos de terceiros
3. Tenham conotação de propaganda
4. Demonstrem racismo ou promovam qualquer tipo de preconceito
5. Estimulem a violência
6. Violem a legislação pátria
7. Sejam falsos ou infundados
8. Que não sejam pertinentes ao assunto da matéria